terça-feira, 21 de julho de 2009

uma parte daquilo que nos move

A radiografia que vemos aí busca

busca

busca

a expressão de

pelo menos mais de um caráter

mais de um rito

mais de um estado

que é, pode-se dizer,

a manifestação do que seja a pessoa.

(A mancha azulada: seria tão bom se por aí nos enxergássemos manchas azuladas?)

Não satisfaria os desejos

o bom e o ruim e o feio e o bonito e tal

- tudo a gente quer que esteja atribuído, ali, na pessoa.(?)

Mas o que temos, no dia-a-dia

é o corpo vestido

que se transporta

emite sons

se conforma a um espaço depois a outro

reage a sinais

cria outros

reproduz o eco dos acontecimentos

ih

mas está involucrado no limite da pele

- fisicamente, a embalagem.

Então, o raio xis que vemos aí busca.

Busca o que não se vê

e por isso

não se convive com

não se conhece

mas que é

a variável imaginada

de um dentre os incontáveis elementos que compõem o que pessoas são.



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