A radiografia que vemos aí busca
busca
busca
a expressão de
pelo menos mais de um caráter
mais de um rito
mais de um estado
que é, pode-se dizer,
a manifestação do que seja a pessoa.
(A mancha azulada: seria tão bom se por aí nos enxergássemos manchas azuladas?)
Não satisfaria os desejos
o bom e o ruim e o feio e o bonito e tal
- tudo a gente quer que esteja atribuído, ali, na pessoa.(?)
Mas o que temos, no dia-a-dia
é o corpo vestido
que se transporta
emite sons
se conforma a um espaço depois a outro
reage a sinais
cria outros
reproduz o eco dos acontecimentos
ih
mas está involucrado no limite da pele
- fisicamente, a embalagem.
Então, o raio xis que vemos aí busca.
Busca o que não se vê
e por isso
não se convive com
não se conhece
mas que é
a variável imaginada
de um dentre os incontáveis elementos que compõem o que pessoas são.
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