Os namorados, os amantes (imagem do tarot de Alester Crowley)
O Arcano VI parece referir-se de forma alegórica à famosa parábola de Hércules na encruzilhada entre a Virtude e o Vicio, tal como conta Xenofonte nas suas lembranças de Sócrates.
A antiguidade desta parábola é indiscutível, mesmo que as suas representações gráficas mais remotas não tenham chegado até nós. Na vida de Apolônio de Tiana, narrada por Filostrates no final do século II, há uma curiosa passagem em que um sábio egípcio diz a Apolônio:
“Tu conheces, nos livros de imagens, a representação de Hércules em que ele, jovem, ainda não escolheu o seu caminho. O Vício e a Virtude o rodeiam, tentam atraí-lo, cada um o quer para si...
Os amantes representam o impulso que nos leva à vida adulta.
Às vezes, o impulso se manifesta como curiosidade; outras, como desejo sexual; e ainda, se manifesta como um dever, uma missão. Seja o que for, uma vez que ultrapassamos as portas do Jardim do Éden, não há retorno.
Precisamos das pessoas para nos tornarmos completamente humanos. Amantes, amigos, adversários - cada um nos ensina, nos faz ir além. Pode nos matar. Pode partir nossos corações.
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